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COMO RESISTIR HOJE?
afetos e desassossegos do contemporâneo
Nilson Oliveira
Nada além do suspenso, do atroz
Jacques
Dupin
O que permanece é o futuro não o presente
que desola
Max
Jacob
Uma questão imprescindível, resistir hoje.
Sim, resistir à força que se impõe adulterando o presente, espectro
mais sombrio, o horror gradual da lei que excede a lei. O próprio
desastre. “Chamo de desastre o que não tem o último por limite: aquilo que
arrasta o último para o desastre” (ED, 2016. p, 48).
É disso que se trata: resistir ao
insuportável o qual, pelas figuras mais bestiais do poder, manobra a política
do presente. Trata-se de um espectro moldado no vazio jurídico, inclinado ao
que excede (no sentido do delito), no curso de medidas recessivas, a saber:
golpes contra direitos fundamentais. Ou seja, a destruição de políticas sociais
e trabalhistas. Ação articulada no limiar da força, em escala progressiva,
constituindo um dano social cujo alcance é ilimitado.
Tudo devidamente enredado sob a tutela da
lei, numa maquinação fundada na violência própria a um regime que opera na
subversão da realidade pela norma (no limiar do que excede). Essa é a imagem do
presente. Sintomas de um tempo, o horror neoliberal, ferida aberta dos nossos
dias.
Nesse contexto – «em objeção ao
insuportável» – a ideia de resistir.
Uma urgência que corta os dias.
É preciso resistir ao que prolifera entre
superfície e o subterrâneo de um tempo povoado por uma espessa névoa
reacionária, minado por medidas (de exceção) cujo efeito cinde entre a
demolição da experiência e a vida nua.
É a partir desta imagem espectral (o
terror contemporâneo) que se atam as linhas deste Colóquio “Como Resistir Hoje?
Afetos e desassossegos do contemporâneo”.
A aposta consiste em pensar, no contra fluxo
ao intolerável, traçando movimentos vários – linhas de fuga & travessias –
no curso do que resiste, produzindo formas, modos, possibilidades de resistir
hoje.
Resistir por todas as vias, entradas, dobras
e fendas, em conexões várias (filosofia, política, arte, etc.,), numa
experiência plural, ao encontro dos combates, falas de passagem, poéticas,
desassossegos, ativismos, linhas erráticas.
A programação será composta de conferências,
vídeo, lançamentos e tem como convidados: Eduardo Pellejero (UFRN) Ney Ferraz
Paiva (Revista Polichinello) Alberto Pucheu (UFRJ) Luciana Brandão Carreira
(UEPA) Josi Maués (UFPA) Agostinho Ramalho (Psicanalista/PA) Galvanda Galvão (Vídeo-Artista/PA) Elisabeth Bittencourt (Psicanalista/RJ).
Colóquio “Como Resistir Hoje? Afetos e
desassossegos do contemporâneo”. Realização: Revista Polichinello. De 04 e 05
de Agosto de 2017, no IPHAN/Belém-Pa.
04 e 05 | Agosto 2017
IPHAN-Belém | Av. José Malcher Nº 474
(esquina com Benjamin
Constant)
Informações: (91) 32784578 | revista.polichinello@gmail.com
Resistir hoje é saber conviver não como com uma Realidade, com o tempo presente, mas como com um Simulacro de Vida - ao qual resistir é dar força e realidade & irrealizar é desnutrir e desmascarar. VICENTE FRANZ CECIM
ResponderExcluirResistir hoje é saber conviver não como com uma Realidade, com o tempo presente, mas como com um Simulacro de Vida - ao qual resistir é dar força e realidade & irrealizar é desnutrir e desmascarar. VICENTE FRANZ CECIM
ResponderExcluir* Comentário aos textos editados neste número da Polichinelo sobre o tema RESISTIR HOJE.
Resistir hoje é saber conviver não como com uma Realidade, com o tempo presente, mas como com um Simulacro de Vida - ao qual resistir é dar força e realidade & irrealizar é desnutrir e desmascarar. VICENTE FRANZ CECIM
ResponderExcluir* Comentário aos textos editados neste número da Polichinelo sobre o tema RESISTIR HOJE.