5/23/2012

Ponte do Galo: a cidade como labirinto do desejo


Ponte do Galo: foto retirada do google earth






Por Ernani Chaves


 




Texto publicado na revista Polichinello nº 13 ׀ Experiência-Limite
● ISSN: 2178-1230 – 10



         Alfredo sonhava freqüentemente com Belém. Desde Chove nos campos de Cachoeira que sua fantasia, sua imaginação, seu desejo, estão fortemente ancorados a sua “viagem” a Belém (CCC, p. 189). Dalcídio Jurandir escreve “viagem” assim, entre aspas, como que a indicar sua outra significação, pois não se trata de qualquer viagem, mas da viagem, aquela que foi sonhada, acalentada, exigida: “Quantas vezes, já com o frio da febre ou ainda com a febre, não ia chorando se queixar, bater os pés na cozinha onde sua mãe lava as xícaras do café ou mexe a panela - mamãe, me mande para Belém. Eu morro aqui, mamãe. Cresço aqui e não estudo. Quero estudar, quero sair daqui!” (CCC, p. 189).


         Belém aparece assim, de início, aos olhos do menino como o lugar da “vida”, em oposição a Cachoeira, um lugar de “morte”. “Estudar” parece ser, desse modo, apenas um pretexto, uma boa razão para ir embora e, provavelmente, tentar esquecer os fantasmas que marcam a sua infância. Belém se torna a cidade-salvadora, cidade-redentora, cidade-acolhedora, cidade-mãe, que as narrativas de Bibiano, o “filósofo”, segundo o Major Alberto, transformavam em “embevecimento” (CCC, p. 191). Era também a cidade-circo, marcada pelo riso e pela alegria dos trapezistas e engolidores de fogo.


         A contraposição a Alfredo e seu desejo de ir embora é Eutanázio, preso a Irene e a Cachoeira, incapaz de viver e sobreviver na cidade grande e, por isso, retorna sempre a Cachoeira. Eutanázio tem um livro de predileção, que nunca leu, mas gostaria de comprar. O livro, diz ele, se chama Dores do Mundo e seu autor, jamais mencionado, tem “um nome complicado” (CCC, p. 22, 23, 205). Ora, sabemos de quem se trata: Dores do Mundo é uma coletânea de aforismos e pequenos textos de um filósofo de “nome complicado”, Arthur Schopenhauer, o “filósofo do pessimismo” que, não por acaso, detestava o barulho, o ruído da grande cidade. Nesta perspectiva, enquanto Eutanázio vai ficando, cada vez mais enrijecido e impossibilitado de andar, na sua doença-prisão, no seu gozo infinito no sofrimento, Alfredo sonha, a todo momento, com sua partida: “Mas Alfredo acorda com aquela cidade cheia de torres, chaminés, palácios, circos, rodas giratórias que lhe enchem o sonho e o carocinho. De olhos abertos para o telhado, pensa na sua ida para Belém. Seu sonho é ir para Belém, estudar” (CCC, p. 86).


         Em Ponte do Galo, publicado em 1971, já encontramos Alfredo ginasiano, estudando em Belém, isto é, realizando, de algum modo, o sonho infantil de sair de Cachoeira e ir morar na cidade. Entretanto, o que é interessante observar é o quanto entre a visão do menino e do ginasiano, já se instala uma ruptura. A cidade-risonha, construída pelos olhos de Bibiano (CCC, p. 86), cidade-luminosa, iluminada, esta “Paris dos Trópicos”, dá lugar aos contornos de uma outra cidade, preferencialmente noturna, sombria, chuvosa, estrategicamente vista a partir do bairro do Telégrafo, cuja delimitação topográfica, geográfica, já é significativa por si só: de um lado, no oeste, a Baía, que dá vida e embeleza a cidade; de outro, no leste, as “baixas”, como a “baixa da Manuel Evaristo”, os alagados, os igapós, como os que cortavam a José Pio, onde os pés afundam na lama, as pessoas se equilibram sobre pontes e convivem com o cheiro do estrume das vacarias; no sul, o Igarapé das Almas ( ou será das Armas?!) e sua ponte que ligava a Avenida Senador Lemos ao bairro do Reduto e ao norte, emblemática, ligando o Telégrafo a Sacramenta, ela, a Ponte do Galo. Todos esses lugares são lugares de passagem, de ligação, de transição, como se não houvesse mais nenhum ponto fixo, nenhum esteio a sustentar uma sólida cumeeira.


         A cidade adentra na poesia e na literatura como um lugar fundamental, a partir do século XIX. Com Baudelaire e Rimbaud, Verhaeren e os Expressionistas, apenas para citar alguns. Antes que Alfred Döblin e John dos Passos, já na primeira metade do século XX, a tomassem como tema, ela já era vista como “potência de enfeitiçamento, de maravilhamento, uma espécie de desejo e de violência que anuncia a mitologia expressionista”, onde a cidade se tornará um misto de “paisagem de sonho e de angústia que se reencontram sem cessar”[1] .


         Talvez pudéssemos encontrar um denominador comum às diferentes visões da cidade, que a literatura construiu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX num certo sentimento de “mal-estar”, de um “mal-estar” em meio à cultura, tal como Freud o chamou em seu texto seminal, publicado em 1930 - Das Unbehagen in der Kultur - um texto percorrido, de ponta a ponta, por imagens de cidades. E no seu centro, a imagem da Viena limpa, ordeira, com flores na sacada, mas que para além dos imperativos do progresso e da ordem, esconde a miséria psíquica: por trás de cada cortina de veludo espesso, com a qual a burguesia pensava se defender do anonimato que reinava em meio à multidão da grande cidade, o sofrimento neurótico. Assim, Freud, como o menino Alfredo, como cada um de nós talvez, desejou intensamente conhecer e viver em uma outra cidade, quis sair de sua Viena-Cachoeira, alimentando por um sonho, que o conduzia sempre a esta outra cidade, a Roma, a cidade-eterna.


         Com Freud e a Psicanálise, a cidade se converte numa configuração onírica e, com isso, torna-se o oposto da cidade do Barão Hausmann, o prefeito responsável pela transformação urbanística de Paris, na segunda metade do século XIX. Hausmann sonhara com uma cidade geométrica, perfeita, “cartesiana”, com suas largas avenidas, que facilitasse a circulação (mais dos carros que das pessoas!) e, principalmente, evitasse as revoltas e as manifestações populares. A cidade anti-Comuna, enfim, onde toda barricada fosse rapidamente vencida. A cidade freudiana é, portanto, ao contrário da do Barão Hausmann, “labiríntica”. Só que um labirinto sem o fio de Ariadne, um labirinto do desejo. Da mesma forma Dalcídio Jurandir, que superpõe à cidade de Antonio Lemos, cujo modelo era exatamente o prefeito parisiense, uma outra cidade, povoada de fantasmas, um “subúrbio fantasmal e gotejante, entre os fedores da vacaria, feira de peixe e bucho e a ruidosa insônia das crianças” (PG, p. 136).


         Personificando o desejo, essa deriva sem meta e sem fim, pois seu objeto está definitivamente perdido, encontramos as duas netas da parteira, Ana e Nini, descritas numa espécie de concluio mimético com a cidade. Podemos encontrá-las na esquina da Manuel Evaristo tomando tacacá (PG, p. 130), atravessando o Largo da Penitenciária em direção ao campo do Aston Vila Footbal Club (PG, p. 129), correndo pela Baixa da Manuel Evaristo para, mais adiante, cada uma tomar o seu rumo (PG, p. 1311). A avó-parteira, zelosa pelas netas, não se cansa de procurá-las, muitas vezes acompanhada por Alfredo. E assim, ela  conjectura o paradeiro das netas, aderindo, portanto, à mesma deriva, à mesma errância: talvez estejam no igarapé (PG, p. 132), na Sacramenta “fazendo velório” (PG, p. 133), quem sabe “varavam pela Pedreira” (PG, p. 133) ou “coorriam das cobras do Posto” (PG, p. 133).


         As netas, como a Irene de Chove, são figuras da sedução, da sexualidade, em especial Ana, que rouba a cena com sua sexualidade a transbordar na própria pele perfumada ou ainda no vestido de seda e no sapato. Para D. Dudu, a costureira que hospeda Alfredo, as netas têm uma “labareda” dentro de si (PG, p. 132). Alfredo corre atrás de Ana, como se quisesse livrá-la tanto do destino de Irene, quanto o de Luciana, a filha de D. Dudu, que “caíra na vida”. E nessa corrida contra o destino, Alfredo se embrenha na cidade, do Igarapé das Almas à Ponte do Galo, da Municipalidade ao fim da linha do bonde, já próximo ao curtume e aos estaleiros e navios do porto. Sempre atrás de Ana, que era “insaciável da rua e da noite” (PG, p. 137). É então que, finalmente, Alfredo a encontra e o diálogo deles constitui esta figuração da cidade como labirinto do desejo:





         “- Espionando? - pergunta Ana a Alfredo - Não tenho como que pagar a tua vigiação, amor dos outros. Larga o emprego, estudioso.


         - Ana, Ana, e tua irmã?


         - Corpo dela nasceu no meu? Nem de mim sei, que dirá.


         Um beiço de irritação e aposta, o rosto, agora pálido, à luz do poste, num ar de quem espera sentença. Alfredo não se mexia.


         - Mas então me apanha pela mão, me laça, me bota dentro de casa, costura a minha pele na parede, me prega com alfinete, me deixa pelada ao pé do fogão. Não és o domador? Me laça, me toca a vara: `pró chiqueiro, porca!`.


         E sorria à espreita, estendeu a mão, o braço nu, alvo, abandonado, a ilharga ao alcance. Alfredo pôs-se a rir, a fazer-lhe aceno que entrasse, a girar a mão, como se fosse laçá-la, entrasse, a porta estava encostada.


         - Tua vó te procura pelo planêto inteiro, mulher.


         - Mulher? Com que intenção `mulher`? Me diz!


         - Não és?


         - ´Mulher´, disseste com intenção, sim. Que te importa?


         E abanava, batia as chinelas ´mulher´!, olhava para ele, num resmungo. Mulher...


         - Eu só o que faço é andar pela noite”. (PG, p. 137-8).





Este trecho, uma amostra da maestria do escritor Dalcídio Jurandir, é extremamente significativo para os meus propósitos. Ana é aqui a figuração do desejo, repetindo uma figuração já clássica da prostituta: Ana, como uma mariposa, à luz do poste, desafiando despudoradamente o possível “domador”. O que diz Ana, o tempo todo, a não ser que não adianta querer amordaçar o desejo, atá-lo, imobilizá-lo? Pois não é o desejo esta força que nos arrasta, desafiando, antes de mais nada, a moral e os bons costumes? Ana, a “porca”, a “suinara” (PG, p. 142), que na sua pouca idade já é suspeita de ser “mulher”!. Ana, que como uma égua, “corria num galope, desaparecendo para os lados do curtume” (PG, p. 138). “Porca”, “suinara” e “égua galopando”: designações possíveis do desejo, para o que rompendo com a hegemonia da consciência e da unidade do sujeito, assinala para o que há de “animal” em nós. Figuração do corpo como sede dos afetos e das paixões, como o que resiste a dobrar-se à direção da alma. Mas também corpo feminino, corpo de mulher, a desafiar as imposições da cultura que a querem, preferencialmente, como esposa e mãe. Ana, coquete, sedutora, pedindo, num desafio: “me laça, me toca a vara: ´pro chiqueiro, porca!´”. E desaparece, galopando, não mais “porca”, “suinara”, não mais confinada à significação do desejo como sujeira, lama, lodo, como coisa “porca”, mas agora transmutada em “égua”, galopando, como se fosse alada, nesta outra significação do desejo como intensidade, vida, conquista do absolutamente insólito, do novo mais uma vez, como criação infinita, inesgotável, de outras possibilidades de existência, onde a errância é a condição de possibilidade da plenitude. As duas faces de Eros, que dominam a nossa cultura desde os gregos estão aí, juntas, reunidas em Ana


         A cidade de Ana é a rua, é a noite. Mas a rua não é aqui a dos palacetes dos barões da borracha, “a pacata rua chamada Benjamin Constant” de Eneida de Moraes[2], nem o “tranqüilo Umarizal” de de Campos Ribeiro[3], mas aquela que se oferece ao pé e à mão de Ana, ao desejo de Ana de percorrer vielas, de atravessar pontes, de perder-se nas matas do curtume, de misturar-se ao capim fresco, molhado de orvalho das vacarias, de entrar pelo Uma, correr pela Volta da Tripa e se acabar lá longe, cansada, arfante, esbaforida, na Ponte do Galo:





         “- Eu só faço é andar pela noite. Aleja?


         - É que a vó de vocês se esfalta.


         - ´tiveste no orfanato? Que tu sabes de mim?


         - Não discuto isso, Ana. O pé é teu, a noite na tua mão...


         - No meu pé, no meu pé, que a noite está. E olha, não deu a hora de recolher pro chiqueiro, adeus. Ou vai porfiar comigo ver quem corre mais até o curtume? Brincar de se esconder por dentro daqueles navios podres? Assustar as visagens deles?” (PG, p. 138).





         Assim é Ana, sempre assim, desafiadora como o desejo. Sim, a cidade está no seu pé e na sua mão. A cidade se estende diante dela como cúmplice, escondendo-a nas trevas da noite, facilitando sua correria, seu galope. Ana e a cidade: duas mulheres numa só.


         E Alfredo? O possível “domador”? Enquanto Ana vive o presente, Alfredo é obcecado pelas imagens do passado, por esses fantasmas que retornam à noite, nos sonhos. Assim, enquanto Ana corre, Alfredo fica ali, quase totalmente imóvel, enquanto a chuva cai sobre a José Pio. E então, como num sonho, onde fragmentos dispersos e diversos se reúnem e se sobrepõem, rompendo as costumeiras relações entre espaço e tempo, Belém é Cachoeira: “Agora na José Pio, chuva, chuva, naqueles bailes mortos sustentada, a casa trancava-se. Este tempe, em Cachoeira, é a apanha do tucumã e gogó” (PG, p. 138). A água da chuva ressuscita todos os fantasmas: Sabá Manjerona, o velho Araguaia, Isabel, Dada, Celina, Raul. E quanto mais a chuva cai, mais os fantasmas reaparecem: “Seguiu sob a chuva, não de Belém, chuvas de Cachoeira, as de outrora sobre o chalé, sobre a casa do seu Cristóvão, sobre Eutanázio andando” (PG, p. 139). Fragmentos do passado, permeados pela morte, assaltam Alfredo, de forma impiedosa. Alfredo, que sempre quis sair de Cachoeira, que sempre quis se libertar de sua própria infância, parece firmemente atado a esta campo movediço, a essa eterna busca, talvez sabendo que enquanto vai à busca de Ana, vai é em busca de si mesmo.


         Belém permanece para Alfredo uma imagem onírica, onde a criança e o ginasiano se encontram. A Belém idílica, sonhada tantas vezes em Cachoeira, não existe. A morte está em todo lugar. E a insaciável procura também. Não só por Ana, mas também por outra Ana, a Luciana, filha de D. Dudu, a sua hospedeira, que caíra na vida. Como se os filhos de Major Alberto, Alfredo e Eutanázio, estivessem condenados a esta eterna busca por mulheres, por uma mulher, como se nelas e apenas nelas, fosse possível encontrar a felicidade. É por Luciana também, que Alfredo bate a cidade. É por ela que a cidade também se oferece a ele e que, tal como para Ana, se encontra a seus pés:





         “Sem encontrar Luciana, que me enxota desta casa, agüento o Liceu? Toda a cidade aos meus pés. Entrocamento, Uma, Guamá, mata do Murutucu, ninguém sabendo de Luciana. Fujo. Deixo no pátio imundo nesta busca, aquela viagem, o barco a partir-se no quebra-pote debaixo da trovoada - a mãe atravessando a baia, sabia lá que sede ou poço oculto ou a sua ressurreição, por trazer o filho para a cidade, ´nada como saber, meu filho´, dizia o olhar dela, toda a verdade é o seu saber; sim tal qual a folha do lilás. Não era o barco que se partia, era o chalé, partido pelo mesmo raio que abriu a porta a Luciana” (PG, p. 149-50).


         A cidade aos pés de Alfredo! O que isso pode significar? Em primeiro lugar, uma precisa delimitação geográfica da Belém na década de vinte do século passado: o Entroncamento, o Uma, o Guamá, o Murutucu. A cidade inteira e seus limites. Em segundo lugar, a figura de Teseu-Alfredo em busca de Ariadne-Luciana-Ana, só que não há nenhum fio a seguir. Da cidade-labirinto, ele só pode saber dos limites, daquilo que designa o que não piode ser ultrapassado, como se para além desses limites houvesse o nada, o vazio, o caos absoluto, o não-mundo, esse espaço enigmático que antecede toda criação. Em terceiro lugar, a memória, o passado de novo assaltando sem piedade, a lembrança da tão sonhada viagem a Belém para estudar, com D. Amélia, a mãe, numa travessia difícil em meio ao temporal e ao quebra-pote das ondas da baía. Difícil travessia essa, alegoria das travessias na vida do próprio Alfredo.


         Este trecho, exemplar da forma cinematográfica do estilo de  Dalcídio Jurandir nos seus últimos livros, termina com uma indagação crucial, a mais fundamental de todas, talvez: “A ponte, passo? Por causa da Luciana, todos culpados, ou toda a culpa deles carrego eu?” (PG, p. 150). Não por acaso, neste momento Alfredo está passando por uma igreja e escuta o canto que vem de lá e a morte, mais uma vez, atravessa o caminho deste “andador da noite, rastreador do subúrbio”:





         “O eco das águas há pouco despejadas pela selva. Barco de náufragos, a igreja cantava. O canto, ou o coro de adeus e de socorro, despencava as quarenta noites de Eutanázio no chalé e aquelas de Luciana (...) A busca de Luciana junto à morte do irmão, visto agora pelo rapaz, por este andador da noite, rastreador de subúrbio, atrás do pastor, ali na igreja, que prega a esperança, por demais desprezada” (PG, p. 152).





         Mas, ao contrário do pastor, Dalcídio Jurandir não nos dá nenhuma esperança. Apesar de “comunista”, sua obra não deixa nenhum espaço para o otimismo baseado na crença do progresso, que alimentava as esquerdas, desde a 2ª. Internacional. Talvez porque, tal como seu personagem Eutanázio, o escritor Dalcídio Jurandir tivesse sempre diante de si uma página das Dores do Mundo, só que transformando o pessimismo schopenhaureano - como o faz Max Horkheimer - numa arma crítica contra as fáceis ilusões alienantes da Modernidade:





         “Não há nada fixo na vida fugitiva, nem dor infinita, nem alegria eterna, nem impressão permanente, nem entusiasmo duradouro, nem resolução elevada que possa durar toda a vida! Tudo se dissolve na torrente dos anos. Os minutos, os inumeráveis átomos de pequenas coisas, fragmentos de cada uma das nossas ações, são os vermes que devastam tudo quanto é grande e ousado...Nada se toma a sério na vida humana, o pó não vale esse trabalho”.





Ernani Chaves é professor da Ufpa, autor de No Limiar do Moderno: um estudo sobre F. Nietzsche e Walter Benjam – editora Paka-Tatu














[1] PALMIER, Jean-Michel, L´Expressionisme et les arts, vol. I, Paris, Payot, 1979, p. 314-5.
[2] Cf. Aruanda. Banho de Cheiro, Belém, Secult/Fcpnt, 1989, p. 49.
[3] Cf. Gostosa Belém de outrora..., Belém, s/d, p. 35.









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