p r o g r a m a ç ã o
# ABERTURA: «CÉLIA JACOB»
Diretora da Casa das
Artes
# VÍDEOPROJEÇÃO: «O LIVRO PORVIR»
Vídeo produzido
durante o laboratório de criação literária
Direção: «Felipe
Pamplona»
# RECITAL: «POÉTICAS DO LABORATÓRIO»
«Alcione Hummel»
«Mauricio Borba Filho» «Joseana de Souza» «Rogério A. Tancredo» «Lucas
Damasceno» «Danielle Ramos» «Harley Dolzane»
«Vanusa do Rego Barra» «Olavo Hummel» «Lourival Castelo Branco» «Wellington
Romário Alves» «Solange Ribeiro» «Igor Pereira» «Diego Mesquita» «Rodrigo Britto»
# LANÇAMENTO: «CADERNO DE OFICINA / POÉTICAS DO LABORATÓRIO»
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Dia 14 de dezembro, às 18h
CASA DAS ARTES
Praça Justo Chermont, nº 236 (Nazaré) Belém
Informações: (91) 32784578
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A ESCRITA
QUE VEM
Os textos que cobrem as páginas a seguir
são testemunhos de um acontecimento em-comum – experiência de um fazer-juntos –
traçada nas entranhas do «Laboratório de Escrita Literária», realizado na Casa
das Artes, no período de abril a junho de 2017. Exercícios de crítica e
criação, intermediados por um desejo oscilante, entre os afetos e a escrita,
modulados por uma escuta sensível – sem juízos ou receios – atenta à escrita
que vem.
Em outra medida, podemos dizer, sobre a
ideia do «laboratório», que se tratou de uma jornada para dentro de uma
experiência cujos desdobramentos, em avanço para além do sossego, implicaram
numa espécie de jogo escritural, no qual – como diz Duras – “a escrita é o
desconhecido”, “vem com o vento” (MD,1994).
É o próprio porvir, repetição que não
cessa, movimento cujos laços se revelam a partir do limiar da página branca.
Com efeito, no cotidiano do «Laboratório»,
o cuidado em não transmitir um ensinamento ou infligir um manual de escrita. A
jornada foi desde sempre outra, a mais simples e direta, traçar encontros com o
intuito de viver-juntos o comum de uma experiência com a literatura. Ou seja,
ler, ouvir, viver a intensidade do texto literário. Povoar o branco, semear
afetos. Perceber as cintilações da prosa e a ideia da poesia, e vice versa.
Exumar os silêncios, experimentar, ouvir, criar situações possíveis para a
escrita que vem. E nesse transcurso – graças à força da comunidade –, os
lampejos e derivações do escrever.
São esses lampejos que cobrem as páginas
a seguir – efeitos da inusitada experiência de laboratório –, uma profusão de
escritas, desatreladas de um ordenamento linear. São antes de tudo curvas,
dobras, intermitências, a pura delícia sem caminho, fora de qualquer pretensão
à novidade ou renovação (das formas do escrever). As escritas a vir e seus
problemas estão lançados numa dimensão sensível do escrever, vem da tinta da
alegria (negra como a superfície da noite), são lisas e fugidias como o vento.
Portanto, essas escritas são feixes de singularidades, modos, atos,
experiências movidas por uma potência vital, «o amor pela escrita».
Nilson Oliveira
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