Colóquio Paulo Plínio Abreu | A Persistência da Poesia
3
e 4 de novembro 2016 - Belém (PA)
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PAULO PLÍNIO ABREU
a
persistência da poesia
Nilson Oliveira
Dia 19 de Junho de
2016 comemora-se 95 anos de Paulo Plínio Abreu. Nascido em Belém, morreu em
1959, aos 38 anos. Sua obra foi publicada postumamente em 1978, pela
Universidade Federal do Pará. Em que pese a importância e o vigor da sua
poesia, a data é quase imperceptível.
Paulo Plínio
pertenceu à geração de Haroldo Maranhão, Mário Faustino e Benedito Nunes, dos
quais foi próximo, todavia com um percurso peculiar, moldado pela discrição,
fora dos círculos predominantes.
Poeta-ativo, com
trânsito refinado pela literatura, traduziu Rilke, Eliot, Gide, colaborou com
jornais e revistas, enredou uma poesia densa, intrínseca a um pensamento que
soçobra no aberto do mundo: «mundo pressentido e oculto». Pensamento como eco
de uma poesia que arfa num movimento entre a extremidade, o vazio e a morte.
Movimento irrevogável
contra a determinação, sobretudo temporal; potência de uma escrita-intensiva, a
partir da qual os pensamentos pulsam, por dentro e por fora do mundo, numa
experiência que não é senão o próprio movimento, tal como diz o poema ‘O barco
e o mito’, «rumo ao mais longínquo desconhecido».
Desse universo descortina-se
uma poderosa constelação de imagens, povoadas por espectros, os mais arredios e
escapadiços («o polichinelo», «a puta do leme», «o comedor fogo», «o filho
pródigo», etc.), tão surpreendentes e lisos que a arte da captura não pode
refrear.
A obra de Plínio
permanece um profuso manancial, possível de experiências, dobras, derivações,
agenciamentos; de conexão efetível com matérias várias: arte, literatura,
pensamento. Trata-se de uma obra rica, um surpreendente caminho para pensar a
poesia.
Portanto, nesses 95
anos do poeta, nada mais oportuno que celebrar o acontecimento, através de um
evento (afetos da poesia), confluência entre leitores, entusiastas,
pesquisadores, na direção de uma jornada: «viver juntos esse arquipélago
chamado Paulo Plínio Abreu».
É a partir dessa
conjugação de forças que se atam linhas para o colóquio «Paulo Plínio Abreu: a
persistência da poesia». Aposta cujo objetivo é delinear um percurso pela obra
do poeta, através de uma abordagem plural – conexões entre literatura,
filosofia, artes visuais –, na direção de uma experiência heterogênea, cujo
vetor em comum é encontrar, ou seja, «pensar com» a poesia de Paulo Plínio
Abreu.
Esse percurso por
entre zonas tão distintas é reflexo não apenas da vitalidade da sua poesia, mas
também da persistência e relevância para o presente de uma escrita que opera
por lampejos e intermitências (através de personagens e paisagens
inquietantes), desvelando uma fissura no tecido temporal.
O evento é promovido
pela revista Polichinello e ocorrerá no mês de novembro, em Belém, com
participação de artistas, poetas, estudiosos e entusiastas da obra de Paulo
Plínio Abreu.
A programação será
composta de conversações, exposições, projeção de vídeos, performances. Convidados: Izabela Leal, Ernani Chaves, Ramon
Cardeal, Paulo Ponte Souza, Galvanda Galvão, Rogério Tancredo, Dayse Rabelo, Lília Chaves
Rodrigo Oliveira, Edilson Pantoja, Mauricio Borba Filho, Luís Heleno Montoril
Del Castilo, Jairo Vansiler.
Nilson Oliveira
01/06/2016
Colóquio
Paulo Plínio Abreu
a persistência
da poesia
***
programação
Quinta-feira | 03 / 11
18h00 |
Abertura:
LILIA CHAVES
Mediação | Nilson Oliveira
19h00 |
ROGÉRIO A. TANCREDO
«A Literatura e o Mal na poesia de Paulo Plínio Abreu»
Mediação| Ramon Cardeal
19h45|
RODRIGO OLIVEIRA
«Recital» | poemas de Paulo Plínio Abreu
20h |
ERNANI CHAVES
«Alguns aspectos da tradução de "Elegias de Duíno"...»
Mediação| Jairo Vansiler
21h|
LANÇAMENTO (PLAQUETE)
«Poemas |PPA» edições do prego
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Sexta-feira | 04 /11
18h00|
JAIRO VANSILER
Rilke e Paulo Plínio Abreu
Mediação | Nilson Oliveira
18h45|
RAMON CARDEAL
«Paulo Plínio Abreu:
O personagem cego de um autor ausente»
Mediação | Rogério A. Tancredo
19h30|
EDILSON PANTOJA
«"O barco, o mito, o pássaro e o riso do polichinelo".»
Mediação | Nilson Oliveira
20h15
MAURÍCIO BORBA FILHO & FELIPE CRUZ
«Recital» | poemas de Paulo Plínio Abreu
20h45
IZABELA LEAL & GALVANDA GALVÃO
«Anjos e ruínas em Paulo Plínio Abreu e Rilke»
Mediação | Dayse Barbosa
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CURADORIA
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