8/28/2011

Max Martins - Anti-Retrato


Por Nilson Oliveira


M/M - esculpiu uma obra cuja força permanece indócil – não para consolarimanente a um acontecimento que se deflagra da simbiose escrita/corpo, na qual a poesia se constitui como potência de um pensamento entranhado na vida: pensamento pele, mar, umbral. Escrita-grito-libidinoso, força deflagradora cujo enunciado não cessa de reinventa-se.


Com M/M a poesia ganha fluxos, um movimento que faz respirar o pensamento da poesia, escrita libidinal, linguagem que corta / fere / excita o sexo das palavras. 

A poesia de M/M acontece num movimento errante (o erro torna-se o desvio que fratura as certezas do mundo), atravessado por uma potência transvalorativa – vozes com asas sobre palavras – pensamento movente, sempre em vias de saída, como as águas de Heráclito: rio desgovernado – meu nome é um rio que perdeu o nome / meu nome é um rio que não tem cura.









































Max Martins nasceu em Belém do Pará em 1926. Autodidata, trabalhou no Instituto Medicamenta Fontoura como chefe de escritório em Belém; no Ministério da Saúde-SUCAM, como inspetor administrativo; e desde 1991 é diretor da Casa da Linguagem, da Fundação Curro Velho, em Belém.
Escolhido patrono da IV Feira do Livro Pan-amazônico, novembro a dezembro de 1999, em Belém do Pará, promoção da Secretaria de Cultura.

Livros: O Estranho. Belém, Revista de Veterinária, 1952; Anti-Retrato. Belém, Falângola, 1960 — ambos de poesia. Tanto o primeiro como o segundo livro receberam respectivamente os prêmios da Academia Paraense de Letras e Secretaria de Educação do Estado do Pará; Alguns Poemas (1965); 15 Poemas (1970); H'era (1971); O Ovo Filosófico (1975); O Risco Subscrito. Belém, Mitografe, 1980; A Fala entre Parênteses. Belém, Grapho/Grafisa, 1982. Parceria com o poeta Age de Carvalho; Abracadabra (1982); Caminho de Marahu. Belém, Grapho/Grafisa, 1983; 60/35. Belém, Grapho/Grafisa, 1986; Não para consolar. Poesia completa. Belém, CEJUP, 1992. Prémio Olavo Bilac da ABL, dividido com o poeta António Carlos Osório;Marahu Poemas. Belém, CEJUR 1992; Colagens. Belém. CEJUP, 1992; Para ter onde ir. SP, Massao Ohno/Augusto Massi, 1992; Outrossim. Poema-cartaz. Belém, Casa da Linguagem, 1991; J poemas. Folder. Belém, Falângola, 1991; Diário do Poeta. Belém, Revista Unamazônia, n.°0, junho 1998; e Caudrons of Críatirity. Poemas e ilustrações de Max Martins de seus Diários do Poeta. Exposição na Universidade do Colorado, EUA, 1999.

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