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MAX MARTINS
(Belém/PA – 1926/ 2009)
SALTIMBANCO
O não mais espumoso vinho dos abismos
O cauterizado testemunho de um instante de beleza:
O ritmo do oceano
O palco
e a metade da cama para o falso poema
O saltimbanco
Ou o sangramento
da perda de um deus a cada assalto
O cadafalso
O semidestroçado frêmito de um destino cego de antemão
O não mais aceito rito do ofício O ofício:
esta rasura do corpo sendo esquecido
O esquecimento
O desabitado segredo das palavras
O não mais espumoso vinho dos abismos
O cauterizado testemunho de um instante de beleza:
O ritmo do oceano
O palco
e a metade da cama para o falso poema
O saltimbanco
Ou o sangramento
da perda de um deus a cada assalto
O cadafalso
O semidestroçado frêmito de um destino cego de antemão
O não mais aceito rito do ofício O ofício:
esta rasura do corpo sendo esquecido
O esquecimento
O desabitado segredo das palavras
De Marahu Poemas (1991)
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O CALDEIRÃO
Aos sessenta anos-sonhos de tua vida (portas
que se abrem e fecham
fecham e abrem
carcomidas)
Aos sessenta anos-sonhos de tua vida (portas
que se abrem e fecham
fecham e abrem
carcomidas)
Ferve
a gordura e as unhas das palavras
seu licor umbroso, teus remorsos-pêlos
Ferve
e entorna o caldo, quebra o caldeirão
e enterra
teu faisão de jade do futuro
teu mavioso osso do passado
Agora que a madeira e o fogo de novo se combinam
e o inimigo n. 1 já não te enxerga
a gordura e as unhas das palavras
seu licor umbroso, teus remorsos-pêlos
Ferve
e entorna o caldo, quebra o caldeirão
e enterra
teu faisão de jade do futuro
teu mavioso osso do passado
Agora que a madeira e o fogo de novo se combinam
e o inimigo n. 1 já não te enxerga
ou vai embora
varre tua esperança tíbia
varre tua esperança tíbia
o tigre da Coréia da parede
É lícito tomar agora a concubina
E despentear na cama a lua escura, o ideograma
É lícito tomar agora a concubina
E despentear na cama a lua escura, o ideograma
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os lábios confortáveis de um poema lido
e já sabido
voltaspara ela - para a terra
maleável e amante. Dela
de novo te aproximase de novo a enlaças firme sobre o lago
do diálogo, moldas
novo destinoFirme penetra e cresce a aproximação conjunta
E ocupa um centro: A morte, a fera
da vida
te lambendo
De Para Ter Onde Ir (1992)
( ( ( )
A CabanaÉ preciso dizer-lhe que tua casa é segura
Que há força interior nas vigas do telhado
E que atravessarás o pântano penetrante e etéreo
E que tens uma esteira
E que tua casa não é lugar de ficar
mas de ter de onde se ir
De Para Ter Onde Ir (1992)
OBRAS DE MAX MARTINS
O Estranho (1952)
Anti-Retrato (1960)
H'Era (1971)
O Ovo Filosófico (1976)
O Risco Subscrito (1980)
A Fala entre Parêntesis (1982)
Caminho de Marahu (1983)
60/35 (1985)
Poema-cartaz Casa da Linguagem (1991)
Poemas - folder com desenho, colagem (1991)
Marahu Poemas (1985)
Não para Consolar - poesia completa (1992)
Para ter Onde Ir (1992)
MprofintogePeoria Shannon Prieto click
ResponderExcluirglicinpicpo